terça-feira, 23 de agosto de 2011

Jogo musical - Brincando com objetos

Brincando com objetos
Arrume a sala de aula com vários objetos, de tal forma que as crianças possam manipulá-los com facilidade. Deixe-as pesquisarem à vontade, observando o que fazem. Depois bata em alguns objetos, de forma variada, pedindo-lhes que o imitem.
O espaço da sala de aula deve permitir também que a criança se movimente livremente, "vivendo" os sons e os ritmos que experimentar ou que você sugerir.
A criança pequena, mesmo cercada por outras que tocam ou manipulam instrumentos, percute e experimenta os objetos sozinha. Pode encontrar estímulo vendo outra criança produzir um som, mas não o faz para se entrosar com seu colega. Eis por que se deve colocar à disposição das crianças de pré escola bastante material e objetos sonoros que não sejam especificamente instrumentos musicais:chaves, tubos de PVC, pedaços de madeira e metal, garrafas plásticas, pedaços de bambu etc.
A criança sente curiosidade pelo som. Procura sua fonte de emissão, seu sustento, sua evolução. Deve, para isso, ser favorecida e incentivada.
Obs.: Esta aula é bastante agitada, principalmente no primeiro contato. Com o tempo, as crianças passam a conhecer e a gostar de determinado som e passam a explorá-lo, descobrindo novas possibilidades. Como as salas de aulas não são isoldas acusticamente, é provável que "incomode" alguma turma próxima. O que é legal é conversar com seus colegas e avisá-los que elaborou uma aula com exploração de sons, o que pode causar alguma "bagunça".

Bibliografia: JEANDOT, Nicole, Explorando o universo da música, São Paulo, 1990. Ed. Scipione


domingo, 21 de agosto de 2011

Brincadeira cantada - Escravos de Jó

Esta brincadeira cantada é ótima para trabalhar com alunos de diferentes idades,
acrescentado mais dificuldades e/ou objetos.
Tente, a gurizada vai adorar!!!
Fonte: YouTube

Jogo musical - Barulho e Silêncio

Barulho e Silêncio
Peça às crianças que façam barulho utilizando a voz, as mãos, as pernas e objetos; em seguida, peça-lhes silêncio.
Pergunte:
- O que é necessário para haver barulho?
- O que é necessário para haver silêncio?
- É possível fazer barulho sem movimento?
As respostas das crianças podem ser várias. Algumas acharão que é possível falar e gritar sem se mexer. Argumente perguntando-lhes se não estão fazendo algum movimento com a boca etc.
A idéia é levar a criança a perceber que o som vem do movimento. A criança tentará ouvir o silêncio, prestará atenção no seu corpo e nos movimentos.
Se o barulho na classe for tal que você não consiga se comunicar com as crianças, não o aumente gritando com elas. Inicie uma batida regular de palmas ou com algum objeto que chame a atenção das crianças. assim que elas forem prestando atenção ao som, diminua a intensidade até chegar ao silêncio.
Obs.: antes de iniciar esta atividade, fiz algumas combinações com a turma, entre elas, expliquei que ao ouvirem um determinada batida continua, eles deveriam prestar atenção e permanecer em silêncio.
Com outra turma (de 1º ano), precisei modificar a tática - ao ouvir o som, eles deveriam tranformar-se em estátua. E assim pude voltar a conversar com eles.
Esta atividade deve ser curta, pois logo eles cansam e começa a agitação. 
Bibliografia: JEANDOT, Nicole, Explorando o universo da música, São Paulo, 1990. Ed. Scipione



Peça teatral - O Menino e o Vagalume

Os alunos de 3º e 4º anos podem criar fantoches de vara e
fazer um tetarinho de fantoches. Muito legal!!!!

O MENINO E O VAGALUME
(Palco decorado pro árvores.)
Narrador: Era uma vez um menino que andava perdido pela floresta. Ele chorava e andava, chorava e andava.
Menino – Mamãe, mamãe, estou perdido. Não acho o caminho de casa. Que farei, meu Deus?
Vagalume – Por que você está chorando? Você está sozinho a esta hora na floresta?
Menino – Eu me perdi. Vim atrás de um passarinho que cantava tão bonito... Ele voou, entrou na floresta, eu entrei atrás dele e me perdi.
Vagalume – Ainda bem que eu estou aqui para ajudá-lo. Vou ficar junto com você.
Menino – Obrigado, vagalume. Pelo menos tenho sua companhia.
Narrador – Pouco a pouco começou a escurecer. A floresta estava calma. Os animais procuravam seus refúgios. Os passarinhos se aquietavam nos ninhos. A escuridão tomava conta da mata. O menino teve medo, muito medo.
Menino – Eu estou com muito medo, muito medo, quero ir para junto de minha mãe. Mamãe, mamãe, me acuda!
Vagalume – Não tenha medo. Olhe para mim. Eu tenho a luz. Siga-me. Vou iluminar o seu caminho. Em breve você estará abraçando sua mamãe. Vamos.
Menino – Obrigado! A única coisa que eu quero é ir para casa. Eu quero mamãe.
(Saem. O menino vai atrás do vagalume.)
Narrador – E assim, graças ao pequeno vagalume, o menino pôde ir para casa e abraçar sua mamãe.
(O vagalume volta para o centro da floresta. Aparece o vagalume voltando.)

Bibliografia: LADEIRA, Idalina. CALDAS, Sarah. Fantoches & CIA. Arte Educação. Literatura Infantil. LÍNGUA Portuguesa. Pedagogia. Ed Scipione, 1989

sábado, 20 de agosto de 2011

T de Ti T de Ta, Helô Bacichetti

A E.M.E.F. Guerino Zugno trabalhou com o livro
"T de Ti e T de Ta", da escritora Helô Bacichette.

As turmas 11 e 12 (1º ano tarde) ilustraram a Tita para montar um móbile;
as turmas 21, 22 e 23 trabalharam com sucata e montaram "uma casa diferente" para a Tita,
a turma 23 também confeccionou os sapatinhos da Tita usando massa de modelar;
as turmas 31 e 32 ilustraram as diferentes Titas para montar um banner;
as turmas 41 e 42 criram as Titas"...nem gorda, nem magra, nem baixa, nem alta, nem branca, nem preta..." utilizando recorte e colagem e montaram um móbile com banners; as turmas 51 e 52 ilustraram o busto da Tita com recorte, colagem e pintura e montaram um filme de papel e coletivamente, as turmas 41, 42, 51 e 52 costuraram a Tita usando TNT, lã, botões e manta acrílica.
Maravilha!!!!!!!


No link abaixo, você poderá visualizar mais imagens do dia do encontro:


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Texto teatral "Lenda da Iara"

Teatro: a lenda da Iara

Os índios brasileiros acham que a Iara existe mesmo! Ela é metade moça muito bonita e metade peixe, que vive nos rios da Amazônia. Ao entardecer, com seu lindo canto mágico, ela atrai pessoas para o fundo das águas. Por isso, nessa hora do dia, os índios evitam ficar perto dos lagos e rios.
Faça sua fantasia de Iara ou de um índio e invente cenas de teatro com ela!

Fantasia de Iara:
1. Faça o rabo de peixe com saquinhos plásticos de supermercado, prendendo dois a dois com barbante, como na ilustração. Você pode usar retalhos de pano para fazer o final do rabo.
2. O colar você faz com tampinhas plásticas coloridas, amarradas com barbante.
3. Enfeite seus cabelos com flores de papel.

Fantasia de índio:
1. Faça a tanga com sacos plásticos de supermercado ou retalhos de pano e amarre com barbante.
2. O colar pode ser feito com tampinhas plásticas amarradas com barbante.
3. Faça penas com restos de papel colorido para formar o cocar.

Fonte:

Papel Reciclado

Material

  •  Papéis usados, como embrulhos, caixas, folhas, envelopes, revistas, sobras de cartolina, cartões, jornais etc.
  • Um recipiente, como lata de leite, vidro grande etc., para cada tipo de papel
  • Liquidificador
  • Bacia funda
  • Peneira plástica de fundo plano (ou tela pregada em moldura de madeira), que caiba na bacia (com certa folga)
  • Jornais (para secar os papéis)
  • Panos velhos

    Passo-a-passo
1. Picar os papéis, cada tipo ou cor numa vasilha com água. Deixar de molho por algumas horas.
2. Colocar uma xícara deste papel umedecido no liquidificador, com até 3/4 de água. A própria "água do molho" pode ser aproveitada. Bater a mistura aos poucos e sentir com a mão até obter a textura desejada. Batendo pouco, será obtida uma mistura com "pedacinhos" do papel original, às vezes até com letras inteiras. Quanto mais a mistura for batida, mais homogênea ficará.
Importante: não bater demais, pois o papel fica quebradiço, e não mais fino.
3. Despejar o papel batido na bacia com água até a metade. Agitar a mistura com a mão para as partículas de papel não assentarem no fundo.
4. Mergulhar a peneira pela lateral da bacia até o fundo, levantando-a lentamente, sem incliná-la, "pescando" as partículas em suspensão. Uma camada de papel se forma sobre a peneira. Se desejar um papel mais grosso, adicionar papel batido à bacia, agitar e peneirar novamente.
5. Passar a mão várias vezes sob a peneira inclinada para escorrer a água.
6. Colocar a peneira sobre jornal, para secar a superfície inferior. Trocar o jornal até que este não fique mais molhado.
7. Ainda sobre o jornal, cobrir a peneira com um pano velho e pressionar para secar a superfície superior da folha.
Retirar o pano e torcê-lo para eliminar o excesso de água e pressionar novamente. Repetir a operação até que o pano não fique mais encharcado. O papel ainda estará úmido, mas não deverá molhar a mão no toque.
8. Virar a peneira sobre jornal seco e dar vários tapas no fundo. A folha deve se soltar. Se o papel estiver muito úmido, a folha não cairá (desvirar a peneira e repetir a etapa 7).
9. Colocar a folha entre jornais secos e deixar secar até o dia seguinte. Pronta, nesta folha se poderá escrever, pintar, datilografar; além disso, ela poderá ser cortada, dobrada, colada - enfim, usada como papel. As sobras de papel picado ou batido podem ser peneiradas e espremidas e guardadas em potes tampados para futura reciclagem, ou descartadas separadamente para coleta seletiva e reciclagem industrial. A água que sobra na bacia pode ser despejada em um vaso com plantas ou no jardim.




quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Peça teatral - Chapeuzinho Vermelho

CHAPEUZINHO VERMELHO

Personagens: Chapeuzinho, mãe, Lobo, caçador e vovó.

1º ato
(Aparece a mãe de Chapeuzinho Vermelho com uma cestinha, cheia de pães e doces.)
Mãe – Chapeuzinho, Chapeuzinho, venha cá.
(Só se ouve a voz de Chapeuzinho.)
Chapeuzinho – Já vou mamãe.
(Chapeuzinho aparece.)
Mãe – Leve esta cestinha com alimentos, pães e doces para a vovó. Ela está doente, não pode cozinhar.
Chapeuzinho – Coitadinha da vovó! Já vou levar.
Mãe – Tome cuidado ao atravessar a floresta. Cuidado com o Lobo Mau.
Chapeuzinho – Terei muito cuidado. Até logo, mamãe.
Mãe – Até logo, Chapeuzinho. Dê lembranças à vovó.
Chapeuzinho – Tudo bem. Vou e volto logo.
(A mãe sai e Chapeuzinho anda pela floresta cantando.)
Chapeuzinho – Pela estrada afora
                             Eu vou bem sozinha
                             Levar esses doces
                             Para a vovozinha
                             Ela mora longe,
                             O caminho é deserto
                             E o Lobo Mau
                             Passeia aqui por perto.
(Aparece o Lobo, disfarçado de Anjo da Floresta.)
Lobo – Bom dia, Chapeuzinho Vermelho, eu sou o Anjo da Floresta.
Chapeuzinho – Bom dia, seu Anjo.
Lobo – Onde você vai com tanta pressa?
Chapeuzinho – Vou levar esta cestinha para minha avó, que mora lá no meio da floresta.
Lobo – Então vá pelo caminho do rio porque o Lobo Mau anda por estas redondezas.
Chapeuzinho – Obrigada, seu Anjo.
(Chapeuzinho sai e o Lobo fica rindo.)
Lobo – Ah, ah, ah! Eu vou pelo caminho da floresta, chego primeiro, como a vovozinha e ainda espero a menina pra comer de sobremesa.
(O Lobo sai. Fecha-se a cortina.)

2º ato
(Na casa da vovó, aparece o Lobo, vestido de camisola, com óculos. Batem à porta.)
Lobo – Pode entrar, a porta está aberta.
(Chapeuzinho entra.)
Chapeuzinho – Bom dia, vovó! Como vai a senhora?
Lobo – Estou bem, minha netinha. Chegue mais perto.
Chapeuzinho – Vovó, mas como a senhora está diferente! Pra que estas orelhas tão compridas?
Lobo – É pra te ouvir melhor, minha netinha.
Chapeuzinho – E pra que estes olhos tão grandes?
Lobo – É pra te enxergar melhor, minha netinha.
Chapeuzinho – E pra que este nariz tão grande?
Lobo – É pra te cheirar melhor, minha netinha.
Chapeuzinho – E pra que esta boca tão grande?
Lobo – Você quer mesmo saber? É pra te comer!
(E o lobo sai correndo atrás da menina.)
(Aparece um caçador, que dá um tiro no Lobo.)
Caçador – O Lobo está morto, por que você está chorando, menina?
Chapeuzinho – É que o Lobo Mau comeu minha vovozinha.
Caçador – Não fique triste, menina! Abrirei a barriga do Lobo. Pode ser que sua avó ainda esteja viva.
(O caçador abre a barriga do Lobo, que cai atrás do palco, aparecendo a vovó no lugar dele.)
Chapeuzinho – Ah! Vovó! Graças a Deus! A senhora está salva! Olhe os doces que a mamãe mandou!
Vovó – Obrigada, Chapeuzinho Vermelho!
Chapeuzinho – Obrigada, caçador! Muita obrigada!
Caçador – Por nada, Chapeuzinho!
Chapeuzinho – Já vou pra casa. Até logo, caçador. Até logo, vovó.
Os dois – Até logo, Chapeuzinho Vermelho.
(A menina sai cantando.)
Chapeuzinho – Mas a tardinha
                             Ao sol poente
                             Com a mamãezinha
                             Dormirei contente!

Bibliografia: LADEIRA, Idalina. CALDAS, Sarah. Fantoches & CIA. Arte Educação. Literatura Infantil. LÍNGUA Portuguesa. Pedagogia. Ed Scipione, 1989

Peça teatral - Os Ratos, O Gato e o Queijo

Trabalhei este texto com fantoches de saco de papel confeccionados pelos alunos (fantoches).

OS RATOS, O GATO E O QUEIJO
Personagens: um ratinho, um ratão e um gato
(Ao abrir-se a cortina, aparece, no centro do palco um queijo. Logo depois, entram dois ratos: um de cada lado palco.)
Ratinho – Olhe um queijo. É meu!
Ratão – Eu vi primeiro, é meu!
Ratinho – Viu nada. Eu que vi primeiro. Vou comê-lo.
Ratão – Viu nada! Quem vai comer sou eu.
Ratinho – Isso é o que você pensa. Vou lhe dar uns tapas e o queijo é meu.
Ratão – Dá, se for homem.
Ratinho – Dou mesmo. É prá já.
(brigam, um batendo no outro)
Ratão – Pensando bem, é melhor repartir o queijo. Você fica com um pedaço e você com outro.
Ratinho – Ah! Já sei que você quer o pedaço maior. Não aceito sua proposta.
Ratão – Vou dividir o queijo em duas partes iguais. Confie em mim.
Ratinho – E você é de confiança? Vou ficar com o queijo inteirinho.
Ratão – Ah! É assim? Você vai é apanhar.
(Brigam. Depois de algum tempo de luta ouve-se um miado que vai aumentando à medida que alguém vai se aproximando. Aparece um gato.)
Gato – Miau! Miau!
(Os ratos se assustam e fogem apavorados.)
Gato – Oh! Oh! Que belo queijo! Vou saboreá-lo!
(O gato como o queijo e fecha-se a cortina)

ÀS VEZES, GASTAMOS NOSSO TEMPO BRIGANDO... ENQUANTO ISSO, NEM PERCEBEMOS O QUE ESTAMOS PERDENDO...

Bibliografia: LADEIRA, Idalina. CALDAS, Sarah. Fantoches & CIA. Arte Educação. Literatura Infantil. LÍNGUA Portuguesa. Pedagogia. Ed Scipione, 1989.

Peça teatral - O Macaco e o Coelho

Trabalhei este texto com os alunos usando fantoches confeccionados por eles em sacos de papel.
O MACACO E O COELHO
Personagens: um narrador, um macaco e um coelho
Cenário: uma floresta
(em cena, um macaco e um coelho)
Macaco – Vamos fazer um trato?
Coelho – Que trato?
Macaco – Eu só caço borboletas e você só caça cobras.
Coelho – Está bem. Isso é prá valer?
Macaco – Claro que é.
Coelho – Então vou dar umas voltas pela mata e ver se consigo caçar cobras.
Macaco – Eu vou primeiro. Nesta hora, a mata deve estar cheia de borboletas.
(o macaco sai)
Coelho – Vou aproveitar e dormir até o macaco voltar.
(o coelho adormece... e o macaco volta silenciosamente – entra em cena)
Macaco – O coelho está dormindo. Vou aproveitar.
(puxa as orelhas do coelho)
Coelho – Que é isso? Quem está puxando minhas orelhas?
(o macaco ri)
Macaco – Há, há ,há! Desculpe, amigo! Pensei que fossem borboletas.
(o coelho vai saindo a pára na ponta do palco)
Coelho – Espera que terás volta!
(o coelho sai e o macaco dá umas voltas pelo palco e depois fica distraído olhando alguma coisa. O coelho vem devagarinho por trás dele, segurando um pau. Dá uma paulada no rabo do macaco. O macaco berra)
Macaco – Ai, ai, ai!!!!! O que você fez?
Coelho – Desculpa, amigo. Vi uma coisa comprida e torcida. Pensei que fosse uma cobra.
(o coelho sai apressado e o macaco fica gemendo enquanto a cortina fecha)
Narrador – foi desde aí que o coelho, com medo do macaco vingar-se, passou a morar em buracos.

Bibliografia: LADEIRA, Idalina. CALDAS, Sarah. Fantoches & CIA. Arte Educação. Literatura Infantil. LÍNGUA Portuguesa. Pedagogia. Ed Scipione, 1989.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Folclore Gaúcho - links legais

Jogos teatrais

Para professores que querem trabalhar com teatro em sua escolas, recomendo este livro:
"Jogos para Atores e Não-Atores", de Augusto Boal

"Todas as sociedades humanas são espetaculares no seu cotidiano, e produzem espetáculos em momentos especiais. São espetaculares como forma de organização social, e produzem espetáculos como este que vocês vieram ver.
Mesmo quando inconscientes, as relações humanas são estruturadas em forma teatral: o uso do espaço, a linguagem do corpo, a escolha das palavras e a modulação das vozes, o confronto de idéias e paixões, tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somos teatro!
Não só casamentos e funerais são espetáculos, mas também os rituais cotidianos que, por sua familiaridade, não nos chegam à consciência. Não só pompas, mas também o café da manhã e os bons-dias, tímidos namoros e grandes conflitos passionais, uma sessão do Senado ou uma reunião diplomática – tudo é teatro.
Uma das principais funções da nossa arte é tornar conscientes esses espetáculos da vida diária onde os atores são os próprios espectadores, o palco é a platéia e a platéia, palco. Somos todos artistas: fazendo teatro, aprendemos a ver aquilo que nos salta aos olhos, mas que somos incapazes de ver tão habituados estamos apenas a olhar. O que nos é familiar torna-se invisível: fazer teatro, ao contrário, ilumina o palco da nossa vida cotidiana.
Em Setembro do ano passado fomos surpreendidos por uma revelação teatral: nós, que pensávamos viver em um mundo seguro apesar das guerras, genocídios, hecatombes e torturas que aconteciam, sim, mas longe de nós em países distantes e selvagens, nós vivíamos seguros com nosso dinheiro guardado em um banco respeitável ou nas mãos de um honesto corretor da Bolsa - nós fomos informados de que esse dinheiro não existia, era virtual, feia ficção de alguns economistas que não eram ficção, nem eram seguros, nem respeitáveis. Tudo não passava de mau teatro com triste enredo, onde poucos ganhavam muito e muitos perdiam tudo. Políticos dos países ricos fecharam-se em reuniões secretas e de lá saíram com soluções mágicas. Nós, vítimas de suas decisões, continuamos espectadores sentados na última fila das galerias.
Vinte anos atrás, eu dirigi Fedra de Racine, no Rio de Janeiro. O cenário era pobre; no chão, peles de vaca; em volta, bambus. Antes de começar o espetáculo, eu dizia aos meus atores: - “Agora acabou a ficção que fazemos no dia-a-dia. Quando cruzarem esses bambus, lá no palco, nenhum de vocês tem o direito de mentir. Teatro é a Verdade Escondida”.
Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias, gêneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.
Assistam ao espetáculo que vai começar; depois, em suas casas com seus amigos, façam suas peças vocês mesmos e vejam o que jamais puderam ver: aquilo que salta aos olhos. Teatro não pode ser apenas um evento - é forma de vida!
Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!

Augusto Boal

Texto teatral " Gata Malandra", de Aurora Ferreira

Texto simples e que aborda a mentira. Pode-se trabalhar com 4º, 5º e 6º anos.
A GATA MALANDRA
Narrador:
Dona Gata era muito esperta, malandra e preguiçosa. Ela não gostava de trabalhar e por isso passava fome. Dona Coelha ao contrário, trabalhava muito, sua casa estava sempre arrumada e tinha sempre comida a vontade.
Um dia Dona Gata estava faminta e resolveu fazer uma visita a Dona Coelha para saciar sua fome.
Lá chegando, começaram a conversar e a gata contou que tinha três filhos, o que era mentira. Nisso avistou sobre um armário um vidro cheio de melado e ficou doida para comê-lo, mas Dona Coelha não o ofereceu.
Aproveitando uma saída de Dona Coelha a cozinha, Dona Gata começou a beber o melado. Ao voltar Dona Coelha perguntou:
- Vizinha, como se chama o seu filho mais velho:
E ela respondeu:
- Começou.
Dona Coelha ficou intrigada com esse nome, mas ficou quieta, nada falou.
No dia seguinte, Dona Gata voltou à casa da vizinha, esperou uma saída dela até a cozinha e bebeu o melado ate a metade.
Voltando da cozinha, Dona Coelha perguntou:
- Vizinha, como se chama o seu segundo filho?
- Tá no meio.
No dia seguinte, novamente Dona Gata voltou e esperou a saída de Dona Coelha e bebeu o melado todinho.
A coelha já estava desconfiada que alguma coisa estranha estava acontecendo e perguntou:
- Como se chama o seu terceiro filho, vizinha?
- Acabou.
Dona Coelha que já estava desconfiada, falou:
- Espere um pouco vizinha.
Ela então foi até o armário e constatou que a gata tinha bebido todo o seu melado e resolveu dar uma lição na gata preguiçosa. Fechou a casa e mandou a gata trabalhar para pagar o melado que havia comido. Só a deixou sair quando acabou de fazer todo o serviço.
Ao término, Dona Coelha falou:
- Dona Gata, a senhora poderia ter pedido um pouco de melado que eu lhe daria. Isso que você fez é muito feio. Também deixe de ser preguiçosa e vá trabalhar.
Dona Gata foi embora muito envergonhada, pensando no que Dona Coelha lhe falara.
FIM


Fonte: FERREIRA, Aurora. Contar histórias com arte e ensinar brincando: para a educação infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. Rio de Janeiro: Walk Ed. 2007.

Idéias para dramatização infantil, de Paulo Sacaldassy

Ótimas idéias para desenvolver com nossos alunos:

“GALO, GALINHO, GALÃO. AGORA JÁ TENHO ESPORÃO!”


HISTÓRIA: Em um galinheiro, o velho Galo Zão está disposto a se aposentar, acontece que ele não sabe quem colocar em sua lugar. Sua filha, a galinha Maricota, sem querer, acaba sugerindo o nome do Galo Zé, um galo todo exibido e que vive pegando no sei pé. Tentando desfazer o mal entendido, ela, juntamente com o Galo Zinho, um jovem frango, apaixonado por ela, vão tentar mostrar ao Galo Zão, que o Galo Zé, não é o galo ideal para ocupar o lugar de novo chefe do galinheiro. Uma história cheia de trapaças e peripécias.

PERSONAGENS: Galo Zão, Galo Zé, Galo ZInho e Maricota.


“O PEQUENO CONSELHEIRO DO REI”

HISTÓRIA: Em um reino chamado Lisarb, um rei muito malvado, obriga todas as famílias a colocarem suas crianças para trabalharem e assim, poderem pagar mais impostos para que ele possa ser cada vez mais rico. Acontece que o menino Leinad consegue fugir do duro trabalho de quebrar pedras e parte em busca de ajuda. Em sua caminha, ele encontra uma trupe de artistas que vai lhe ajudar a mostrar ao Rei, o quanto ele está enganado fazendo com que as crianças do reino trabalhem ao invés de estudarem. Muita aventura, nessa história, onde um Comandante atrapalhado e seus fiéis guardas vão procurar o pequeno Leinad por todos os lugares, só para que o tal Comandante possa conseguir se tornar o Conselheiro do Rei.

PERSONAGENS: Leinad, Rei Oluap I, Comandante Aicirtap, Guarda 1, Guarda 2, Guarda 3, Enovi, Artista 1, Artista 2 e Artista 3.


“RATIMBUM! PARARATIMBUM!”

HISTÓRIA: Em um reino mágico, um menino e uma menina, vão ajudar a Boneca de Pano e o Soldadinho de Chumbo, a salvar o velho Palhaço das garras do terrível TV Papão, que já hiptonizou todas as crianças com seus programa infantis e agora está atrás da alegria do Palhaço, para então poder dominar omundo das crianças. Uma aventura, onde o menino e as meninas vão conhecer através da Boneca e do Soldadinho, atingas brincadeiras infantis, resgatando a a alegria inocente de brincar.

PERSONAGENS: Menino, Menina, Boneca de Pano, Soldadinho de Chumbo, Palhaço e TV Papão.


“TEM FOLCLORE NA FLORESTA”

HISTÓRIA: Duas crianças que vão passar as férias no sítio da avó, acabam se perdendo na floresta onde entraram para caçar passarinhos e borboletas e são surpreendidas por personagens do folclore brasileiro. Muita aventura e diversão, onde as crianças, com a ajuda da Coruja e de todos os outros personagens vão aprender a importância de se proteger a natureza e de se preservar as lendas e entes do folclore.

PERSONAGENS: Menino, Menina, Curupira, Saci-Pererê, Mula-sem-cabeça, Iara, Coruja, Passarinho e Borboleta.


“TRÊS REIS NA FLORESTA”

HISTÓRIA: O Leão anda muito doente e os outros animais da floresta estão todos preocupados com a segurança da floresta enomeiam o Macaco, o Elefante e a Raposa, representantes de todos para pedir ao Leão que ele se afaste do posto Rei da Floresta. Acontece que a esperta Hiena, arma uma confusão e um mal entendido faz o Macaco, o Elefante e a Raposa se acharem capazes de ocuparem o lugar do Leão. O Leãozinho, esperto como ele só, mostra que eles foram iludidos pela Hiena e armam para que ela ache que ocupa o lugar do Leão. A floresta fica na maior confusão, deixando o Leão furioso. Depois de tudo resolvido, o Leão admite a sua doença e resolve assim se afastar.

PERSONAGENS: Leão, Macaco, Elefante, Raposa, Hiena e Leãozinho.

“VAMPIRILDO EM UMA HISTÓRIA DE VAMPIRO”

(TEXTO PREMIADO NA VI ANTOLOGIA NACIONAL DE DRAMATURGIA – PRÊMIO VLADIMIR MAIAKOWSKI EM 2006)

HISTÓRIA: Em uma escola de monstros, o pequeno vampiro Vampirildo, vive uma crise existencial, ele morre de medo de voar e odeia sangue. Ele é um vampiro que gosta de rock e de andar de skate, não nasceu para morder pescocinho de ninguém. Seus amigos Frank, Mumeska e Dorotéia, fazem de tudo para que ele aceite sua condição de vampiro, mas não conseguem. Só que todos estão preocupados, pois terão que mostrar ao velho mago Gorzan, suas evoluções, mas Vamp não está nem aí. Aproveitando-se disto, o jovem aprendiz de mago Toraz, querendo mostrar a Gorzan que todos não são de nada, apronta para cima de todos e é aí, que Vampirildo ao ver seus amigos em perigo, mostra sua verdadeira face. Uma história divertida e de valorização à amizade.

PERSONAGENS: Vampirildo, Frank, Mumeska, Dorotéia, Gorzan e Toraz.

“NOSSO AMIGO ESQUELETO”

HISTÓRIA: Em uma escola abandonada, um velho esqueleto conhecido por OSSOVALDO, esquecido no antigo laboratório, vive um drama: ele morre de medo de fantasma. JUCA e BARTOLOMEU, dois garotos ávidos por aventura, vão parar dentro da velha escola abandonada e surpreende com aquele esqueleto que tem medo de fantasma. Eles acabam fazendo amizade e enquanto NOSSO AMIGO ESQUELETO mostra a escola aos garotos, eis que surge um fantasma. Mas, não um fantasma qualquer. surge FANTASMÃO PRIMEIRO DE ALCÂNTARA MACHADO DE OLIVEIRA COSTA DE MOREIRA SANTOS DE ALBUQUERQUE PAES DE ALMEIDA SILVA. Aí é que nossa aventura começa, pois OSSOVALDO vai ter de enfrentar seu medo para expulsar o FANTASMÃO da velha escola. Uma grande surpresa é revelada. Vale a pena conhecer esse texto cheio de aventuras.

PERSONAGENS: Ossovaldo, Juca, Bartolomeu e Fantasmão.


“A VERDADEIRA HISTÓRIA DO LOBO MAU MALVADO”

HISTÓRIA: LOBO MAU procurou um advogado (DR.RAPOSÃO) para tentar limpar sua barra com a criançada depois daquela história dos três porquinhos. O advogado consegue convencer o INSPETOR CÃO a reabrir o processo alegando que o Lobo Mau foi injustiçado e não é assim tão mau. O PAPAGAIO REPÓRTER procura ouvir todos os lados e se encarrega de noticiar o caso. Quando tudo parecia se encaminhar para a absolvição do Lobo Mau, CHAPEUZINHO VERMELHO comparece na delegacia e entrega as provas que incriminam o Lobo Mau. Revoltado, Lobo Mau resolve se vingar de Chapeuzinho Vermelho, comendo a sua vovózinha, mas o bravo e destemido Caçador chega a tempo e salva a Chapeuzinho Vermelho das garras dos terrível Lobo Mau Malvado.

PERSONAGENS: Lobo Mau, Dr.Raposão, Papagaio Repórter, Inspetor Cão, Mãe do Lobo Mau, Porquinho Prático, Heitor e Cícero, Chapeuzinho Vermelho e Contador de Histórias.

(O TEXTO PODE SER ENCENADO APENAS POR QUATRO ATORES)

“TAMANHO NÃO É DOCUMENTO”

HISTÓRIA: No Fundo do mar, ZÉ PEIXINHO, um peixinho esperto, ajuda o seu amigo BOLOTA, um camarão gordo à fazer exercícios para emagrecer, pois teme que o terrível JOÃO TUBARÃO apareça e engula o seu amigo. ENtre várias tentativas e desistência, ZÉ PEIXINHO e BOLOTA vão ter que escapar da fúria do terrível JOÃO TUBARÃO. Muita aventura e muitas peripécias são aprontadas por ZÉ PEIXINHO e BOLOTA afim de escaparem da fome insaciável do terrível JOÃO TUBARÃO. E quando tudo parece resolvido, ZÉ PEIXINHO e BOLOTA… Ah! Se eu contar mais, estraga o final. TAMANHO NÃO É DOCUMENTO é acima de tudo uma história que revela o valor da verdadeira amizade e da solidariedade.

PERSONAGENS: ZÉ PEIXINHO, BOLOTA E JOÃO TUBARÃO.

Autor: Paulo Sacaldassy



Peça teatral "O Cravo e a Rosa", de Paulo Sacaldassy

Texto para adolescentes:

O CRAVO E A ROSA

CENÁRIO: UM JARDIM

ABREM-SE AS CORTINAS, A ROSA ESTÁ EM CENA. LINDA, VERMELHA. QUASE UMA PRINCESA.

ROSA – Bom dia, dia! Bom dia, Sol! Que lindo dia para encontrar um belo namorado. Tomara que aquele Lírio lindo passe por aqui hoje! Tenho certeza que hoje ele vai me notar, pois estou mais bonita do que os outros dias. E se ele olhar pra mim… Aaaaaaiiii… acho que vou desmaiar de emoção!

ENTRA EM CENA O CRAVO. SIMPLES, SEM GRAÇA, UM CAIPIRA. TRAZ UM VIOLÃO.

CRAVO – Bão dia, minha princesa!
ROSA – Estava um bom dia… Até você aparecer por aqui.
CRAVO – Mas, ocê tá uma belezura hoje, hein?
ROSA – Você não tem outro lugar pra ir não?
CRAVO – Que lugar desse jardim todo eu vô achá uma Rosa mais linda que ocê?
ROSA – Larga do meu pé, chulé!
CRAVO – Só largo do seu pé quando ocê aceitá namorá com eu?
ROSA – Não é: namorar com eu! É namorar comigo!
CRAVO – Inton, ocê aceita?
ROSA – Claro que não! Já falei que não quero nada com você. Se você quiser, posso até ser sua amiga. Mas, só!
CRAVO – Fiz até uma moda pr’ocê. Iscuita só!

CRAVO DEDILHA UM ACORDO SERTANEJO NO VIOLÃO.

ROSA – Pode parar, pode parar, pode parar! Eu odeio a sua cantoria. Agora me dá licença que está quase na hora do meu futuro namorado passar por aqui.
CRAVO – Mas, o seu namorado já táqui. Oia só!

FAZ POSE DE FORTÃO E ESBOÇA UM OLHAR SEDUTOR.

CRAVO – Não sou uma beleza?
ROSA – Você é um chato, isso sim! Agora vai procurar a Margarida, vai! Quem sabe ela não te dá bola? Pois o meu negócio é com o Lírio! Ele sim, é lindo, elegante, perfumado.
CRAVO – Ih, tá me chamando de fedido?

O CRAVO SE CHEIRA. FAZ MENÇÃO DE SE SENTIR FEDIDO.

ROSA – (RINDO) Viu só! Até você não agüenta o seu cheiro.
CRAVO – Oia aqui, sua… sua… Qué sabê de uma coisa? Eu num quero mais sabe de ocê. E fica aí mesmo esperando aquele almofadinha do Lírio, fica!
ROSA – Fico mesmo, ta?
CRAVO – Vai ficá esperando e vai até cansá!
ROSA – Quem disse que eu vou cansar?
CRAVO – Quem disse que o Lírio vai te bola?
ROSA – Eu sou a Rosa, a mais bela do jardim!
CRAVO – Seu eu fosse ocê, aceitava logo namorá com eu!
ROSA – Já falei que não é com eu! É comigo! É comigo! E o Lírio, vai sim querer namorar comigo, ta?
CRAVO – Intão ta bão! Quero vê quando ocê ficá véia, feia, murcha, sozinha e toda despetalada? Aí, nem adianta vim me procurá, viu?
ROSA – Seu horroroso. Eu é que nunca vou namorar com você! Você é um grosso! Fora daqui!

A ROSA ATIRA UM VASO EM CRAVO. ELE TENTA SE PROTEGER E DEIXA O VIOLÃO NO CHÃO. O CRAVO SE ESCONDE E FICA OBSERVANDO ROSA.

ROSA – Esse Cravo é um insuportável! O pior é que ele não larga do meu pé! Eu vou lhe mostrar uma coisa. Volta aqui!

ROSA VAI ATÉ O CENTRO DO PALCO E PROCURA POR CRAVO.

ROSA – Cravo, cadê você! Seu sem graça! Aparece. Agora!

ROSA PÁRA NO CENTRO DO PALCO, OLHA E NÃO VÊ NINGUÉM.

ROSA – Será? Será que o Cravo tem razão? Será que o Lírio não vai querer namorar comigo? E eu vou ficar sozinha? Não! Não posso ficar sozinha! Velha, feia, murcha e despetalada? Aí que medo! Ei, Cravo, volta aqui. Você está certo! Não quero mais saber de esperar o Lírio. Eu aceito namorar com você!

A ROSA VOLTA A PROCURA POR CRAVO.

ROSA – (CHOROSA) Cravo! Cravo! Cadê você?

O CRAVO SAI DO ESCONDERIJO COM UM LENÇO SUJO DE VERMELHO AMARRADO NA CABEÇA.

CRAVO – Ai! Ai minha cabeça!
ROSA – O que aconteceu?
CRAVO – Ocê num alembra? O vaso que ocê jogou ni mim?
ROSA – Desculpa, Cravo. Não queria te machucar!
CRAVO – Mas, machucô!
ROSA – Deixa eu ver isso!
CRAVO – Não! Meio ocê nem mexe!
ROSA – Então vamos fazer as pazes!
CRAVO – Tá bem! Eu aceito suas desculpas!
ROSA – Você gosta mesmo de mim?
CRAVO – Craro que gosto! Ocê sabe que sim. Mas se ocê prefere o Lírio, ocê precisava sabê que vai ficá véia, feia, murcha, despetalada e sozinha pra sempre!

ROSA AMEAÇA BATER EM CRAVO.

CRAVO – Ai!… Tô vendo tudo escuro! Acho que vô desm…

O CRAVO DESABA NO CHÃO, DESMAIADO.

ROSA – (DESESPERADA) Ai, Desculpa! Eu não ia fazer nada em você! Socorro! Eu aceito até namorar com você! Alguém me ajude, por favor! Será que eu matei o Cravo? Agora que estou perdida mesmo. Vou ficar velha, feia, murcha, sozinha, despetalada e passar o resto da minha vida na cadeia.

A ROSA CORRE PELO PALCO. O CRAVO LEVANTA A CABEÇA E RI DO DESESPERO DA ROSA. ELA VOLTA ATÉ ELE E ELE SE DEITA DE NOVO.

ROSA – (CHORANDO) Cravo! Meu amigo Cravinho! Fala com a sua Rosa! Eu pensei melhor. Eu aceito namorar com você. Me dá um sinal.

ROSA SE AJOELHA E APOIA A CABEÇA DE CRAVO EM SEUS BRAÇOS. O CRAVO ABRE O OLHO E DÁ UM GEMIDO.

ROSA – Cravo! Você está bem?
CRAVO – Quem é ocê?
ROSA – Sou eu! A sua Rosa. Lembra?
CRAVO – Que Rosa?
ROSA – A sua namorada!
CRAVO – Eu num tenho namorada.
ROSA – Agora tem! Eu aceito namorar com você!

O CRAVO DÁ UM PULO E FICA DE PÉ.

CRAVO – Jura? Sabia que ocê gostava de eu!
ROSA – Não é gostava de eu! É, gostava de mim! E você não passa de um mentiroso! Eu vou acabar com você! Onde já se viu enganar os outros. Eu toda preocupada e você aí, fingindo! Seu grosso!

ROSA AMEAÇA BATER NO CRAVO.

CRAVO – Ai, minha cabeça!
ROSA – (COM RAIVA) Como você pôde fazer isso comigo? Assim que você gosta de mim? Eu não quero mais saber de você. Nunca mais! Nem que eu fique velha, feia, murcha, toda despetalada e sozinha!
ROSA DÁ UM EMPURRÃO NO CRAVO
ROSA – E sai da minha frente!

ROSA SAI DE CENA FURIOSA.

CRAVO – Espera por mim, minha belezura! Num faz assim com eu! Eu gosto de ocê de verdade! Foi só uma brincadeira! Eu sabia que ocê gosta de eu! Eu sabia!

O CRAVO SAI ATRÁS DE ROSA. ENQUANTO ELE SAI, TOCA A MÚSICA: O CRAVO E A ROSA.

APAGAM-SE AS LUZES. FECHAM-AS CORTINAS.

- FIM -

Texto: Paulo Sacaldassy




Peça teatral "A Valise", de Paulo Sacaldassy

Peça para trabalhar com alunos de 8ª série/9º ano e 1º ano do Ensino Médio:

A Valise

NA SALA DE UM APARTAMENTO, UM HOMEM FALA AO TELEFONE.

Homem - A gente leva tudo na minha valise!… Cabe, sim!… Ela é bem espaçosa!

ENTRA A EMPREGADA COM UM ESPANADOR NA MÃO, LIMPA OS MÓVEIS. O HOMEM CONTINUA AO TELEFONE.

Homem – Você precisa ver! Ela é linda!…. Americana… To te falando!… Já dormi várias noites em cima dela!… Ela agüenta o tranco!

A EMPREGADA PÁRA DE LIMPAR E PRESTA A ATENÇÃO NO HOMEM, QUE AINDA FALA AO TELEFONE.

Homem – Não, não aconteceu nada com ela!… Olha só, a gente faz assim: Eu ponho as minhas coisas na frente dela e você põe suas coisas atrás dela… É… Se você preferir, eu ponho atrás e você na frente!… É um pouco apertado, mas ela agüenta!… Claro! Já falei pra você!

A EMPREGADA FAZ CARA DE ESPANTADA.

Homem – Então ta fechado!… Vou pegar a valise e já passo aí pra te pegar!… Um abraço!

O HOMEM DESLIGA O TELEFONE.

Homem – Que foi, Maria?
Empregada – Não foi nada, não, seu Zé Roberto!
Homem – E que cara é essa?
Empregada - É que…
Homem – Deixa eu ir que já estou atrasado!

O HOME SAI.

Empregada - Ai, meu Deus! Como é que pode um homem tão distinto que nem seu Zé Roberto trair a Dona Ana Maria? Logo com uma Americana!… E a safadeza? Ele, o amigo e a Americana! Cruz credo! (Se benze)… Coitada da Dona Ana Maria!

ENTRA A MULHER

Mulher – Coitada por quê?
Empregada - Não foi nada, não!
Mulher – Como não? Você acha que sou uma coitada por nada?
Empregada - Sabe o que é, dona Ana Maria…
Mulher – Não sei, Maria! Não sei!
Empregada - Foi sem querer que ouvi a conversa. Eu juro que não queria!
Mulher – Que conversa?
Empregada - Deixa pra lá, dona Ana Maria. Deixa pra lá!
Mulher – Desembucha, Maria! Coitada por que?
Empregada - O seu Zé Roberto ta traindo a senhora!
Mulher – O quê?
Empregada – E ainda ta fazendo safadeza com a Americana e com o amigo!
Mulher – Que Americana? Que amigo?
Empregada – Foi assim, ó! Eu vinha entrando pra passar os espanador nos móvel, quando ouvi o seu Zé Roberto falando no telefone.
Mulher – O que é quem tem?
Empregada – Eu ouvi ele falá pro outro que tem uma americana lindona! Que já drumiu num sei quantas noites em cima dela. E se outro quiser, pode colocar as coisa, na frente, ou atrás dela!
Mulher – Que conversa é essa, Maria?
Empregada – Como é mesmo o nome da Americana?
Mulher – E ele falou o nome?
Empregada - Falou sim! É que não consigo me alembrar! Acho que é Vasile!

A MULHER RESPIRANDO ALIVIADA.

Mulher – Não seria, valise?
Empregada – Isso! A senhora conhece ela?… Ai, meu Deus (E SE BENZE)
Mulher – Valise não é gente, Maria! Valise é uma mala pequena!
Empregada – A senhora ta brincando!

ENTRA O HOMEM TRAZENDO UMA VALISE.

Mulher – Olha aí o Zé Roberto com a valise!
Homem – Que é quem tem, a valise?
Empregada – Mas… E aquela conversa no telefone?
Mulher – (APRESENTANDO) Maria! Valise!… Valise! Maria!
Homem – Alguém pode me explicar o que ta acontecendo aqui?

A EMPREGADA OLHA ADMIRADA PARA PEQUENA MALA.

Mulher – Vamos que eu te acompanho. No caminho, te explico!
Homem – Vamos eu to atrasadíssimo! Até a volta, Maria!
Empregada – Inté!

HOMEM E A MULHER, SAEM.

Empregada – Diacho! Mania que esse povo da cidade grande tem de colocar nome difícil nas coisas! Mala é a mala, uaí! Mas, quer saber de uma coisa? Deixa eu cuidar da vida, senão acabo perdendo o emprego!

A EMPREGADA SAI DE CENA, PASSANDO O ESPANADOR NOS MÓVEIS.

Texto: Paulo Sacaldassy

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dia dos Pais 3

A professora Lucilaine do 5º ano, turma 51, trabalhou com seus alunos
da E.M.E.F. Guerino Zugno uma "bula de pais".
Em Arte, nós confeccionamos uma caixinha para colocar a receita
e uma lembrancinha.
Os alunos utilizaram diferentes caixinhas (sucata) e aplicaram uma colagem,
e com caneta preta, desenharam os "pontos" de costura sobre os papéis.
Que pai que não vai gostar?!
A turma 52, da professora Celeste também fez a mesma atividade.

Dia dos Pais 2

Esta lembrança para o Dia dos Pais foi idéia da professora Marizete, do 4º ano da
E.M.E.F. Guerino Zugno.
Ela trabalhou com suas duas turmas 43 (manhã) e 41 (tarde).
E para a turma 42, da professora Vera Kiel, eu trabalhei com a gurizada.
Eles pintaram uma bolsa para carro, aquela que coloca-se no câmbio.
Muito legal!!!


Dia dos Pais 1

Dia dos Pais: a criançada adora realizar trabalhos para presenteá-los,
mesmo que seja para a avó-pai ou a mãe-pai.
Os bonecos abaixo representam os pais das crianças dos 1º anos, turmas 11 e 12,
da E.M.E.F. Guerino Zugno (turno da tarde).
Foram confeccionados com folha de desenho, lápis de cor e E.V.A.
Uma linda lembrança!!!



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Vídeo para o Dia dos Pais

Recebi este vídeo da professora Roberta Andreis:
obrigada, pois o vídeo é lindíssimo!!!!!!!
Assistam e mostrem a seus filhos, sobrinhos, irmãos, maridos, companheiros.