Origens
Na época da colonização do Brasil, após o ano de 1500, os portugueses introduziram em nosso país muitas características da cultura europeia, como as festas juninas.
Mas o surgimento dessas festas foi no período pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração à grande fertilidade da terra, às boas colheitas, na época em que denominaram de solstício de verão. Essas comemorações também aconteciam no dia 24 de junho, para nós, dia de São João.
Essas festas eram conhecidas como Joaninas e receberam esse nome para homenagear João Batista, primo de Jesus, que, segundo as escrituras bíblicas, gostava de batizar as pessoas, purificando-as para a vinda de Jesus.
Assim, passou a ser uma comemoração da igreja católica, onde homenageiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24, para São João; e no dia 29, para São Pedro.
Os negros e os índios que viviam no Brasil não tiveram dificuldade em se adaptar às festas juninas, pois são muito parecidas com as de suas culturas.
Aos poucos, as festas juninas foram sendo difundidas em todo o território do Brasil, mas foi no nordeste que se enraizou, tornando-se forte na nossa cultura. Nessa região as comemorações são bem acirradas - duram um mês, e são realizados vários concursos para eleger os melhores grupos que dançam a quadrilha. Além disso, proporcionam uma grande movimentação de turistas em seus Estados, aumentando as rendas da região.
Com o passar dos anos, as festas juninas ganharam outros símbolos característicos. Como é realizada num mês mais frio, passaram a acender enormes fogueiras para que as pessoas se aquecessem em seu redor. Várias brincadeiras entraram para a festa, como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício, o casamento na roça, dentre outros, com o intuito de animar ainda mais a festividade.
As comidas típicas dessa festa tornaram-se presentes em razão das boas colheitas na safra de milho. Com esse cereal são desenvolvidas várias receitas, como bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau, pipoca, milho cozido, canjica, dentre outros.
Símbolos
As festas juninas vieram para o Brasil na época da colonização, trazidas pelos portugueses. São de origem francesa, por isso nas danças aparecem várias palavras nessa língua.
Nos arraiais juninos podemos encontrar vários elementos da cultura popular, que traduzem a crendice da população de cada região. Cada um desses símbolos tem um significado para a festa.
A quadrilha surgiu nos salões da corte francesa, recebendo o nome de “quadrille”, mas é de origem inglesa, uma dança de camponeses chamada “campesine”. Na época da colonização do Brasil, os portugueses trouxeram essa dança, bem como seus principais elementos: os vestidos lindos e rodados (que representavam as riquezas da corte), os passos puxados na língua francesa (anarriê, avancê, tour, etc.) e os agradecimentos aos santos pelas boas safras nas plantações.
O casamento caipira faz uma sátira aos casamentos tradicionais. A noiva está grávida e o pai da mesma obriga o rapaz a se casar. A apresentação do casamento na roça é muito engraçada, pois o noivo aparece bêbado, tentando fugir do altar por várias vezes, sendo capturado pelo pai da noiva que lhe aponta uma espingarda. Este conta com o apoio do delegado da cidade e do padre para que o casamento seja realizado. Após a cerimônia, os noivos puxam a quadrilha.
A fogueira simboliza a proteção dos maus espíritos, que atrapalhavam a prosperidade das plantações. A festa realizada em volta da fogueira é para agradecer pelas fartas colheitas. Além disso, como a festa é realizada num mês frio, serve para aquecer e unir as pessoas em seu redor. Cada santo tem uma fogueira, sendo a quadrada de santo Antonio, a redonda de são João e a triangular de são Pedro.
Os balões juninos indicam o início da festa, mas foram criados para reverenciar os santos da festa, agradecendo pela realização dos pedidos, normalmente relacionados ao namoro e ao casamento, onde as pessoas encontram seus pares românticos. Os balões não são mais usados, podem ocasionar vários incêndios, caindo em locais perigosos e destruindo a natureza.
Os fogos se originaram na China, também como forma de agradecer aos deuses pelas boas colheitas. São elementos de proteção, pois espantam os maus espíritos, além de servir para acordar são João com o barulho.
A lavagem dos santos é o momento em que as suas bandeiras são mergulhadas em água, para trazer purificação. As bandeirolas representam as bandeiras dos santos, levando purificação a todo o local da festa.
O pau de sebo é uma brincadeira com o objetivo de se ganhar uma quantia em dinheiro, que está afixada em seu topo. Com essa diversão a festa fica mais animada, pois as pessoas têm que subir no mastro, lambuzado de gordura. Muitas vezes, os participantes vão subindo nos ombros uns dos outros, até conseguirem pegar o prêmio, que acaba servindo para pagar parte de suas despesas na festa.
As simpatias proporcionam aos convidados maior sorte no amor. Os santos juninos são conhecidos como santos casamenteiros, mas santo Antônio é o mais influente deles. Nessas práticas, a imagem do santo é castigada, até que a pessoa consiga encontrar um amor.
As comidas típicas também são símbolos juninos, como forma de agradecimento pela fartura nas colheitas, principalmente do milho, a festa se tornou farta em seus deliciosos quitutes como: curau, canjica, pamonha, bolo de milho, milho cozido, pé de moleque, paçoquinha, Mané pelado, dentre outras.
Curiosidades
Por serem de origem europeia, as festas juninas apresentam vários elementos que não são da cultura brasileira, mas que com o passar dos anos tornaram-se fundamentais para a mesma.
Ao assistirmos uma dança de quadrilha podemos perceber quantas palavras desconhecidas são ditas pelos puxadores. Anarriê, ampassã, tour, dentre outras, que são de origem francesa, parecida com as festas da aristocracia que abria os bailes mais requintados da época.
Como eram festas realizadas pelas cortes, as mulheres usavam seus vestidos mais bonitos e rodados, motivo pelo qual se originou os vestidos das quadrilhas, feitos em tecidos de chita, bem coloridos.
As culturas Greco-romanas e dos celtas também deixaram suas marcas, pois praticavam cerimônias em volta de fogueiras, a fim de agradecer aos deuses pelas boas colheitas.
A festa popular mais conhecida no Brasil é o carnaval, porém as festas juninas não perdem seu lugar, estando entre as principais festas do país.
O nordeste é a região que mais valoriza as festas juninas, onde acontecem vários concursos para se eleger a quadrilha mais alegre e bonita do Brasil. A cidade de Campina Grande, na Paraíba, é onde acontece o maior festejo do país. Com uma área de quarenta e dois mil metros quadrados, podemos encontrar o “Parque do Povo”, onde acontecem exposições artesanais, a queima da fogueira gigante, a cidade cenográfica com réplica da igreja, há um espaço para a apresentação das quadrilhas, a casa do milho, a corrida de jegue, há também uma área especial para a imprensa.
Dentre os enfeites das festas juninas, o mais comum são as bandeirolas. Esses apetrechos surgiram porque os três santos homenageados na festa tinham suas imagens pregadas em bandeiras coloridas e imersas em água, a famosa lavagem dos santos. Com isso, acredita-se que a água fica purificada, fazendo a purificação das pessoas que se molham com elas. Com o passar dos anos, essas bandeiras foram sendo substituídas pelas bandeirinhas menores, que trazem a mesma simbologia de purificar o ambiente da festa.
Além disso, temos Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro. Os mais religiosos contam que as moças pedem um noivo para o santo, mas este só arruma o pretendente quando é castigado pela moça, sendo posto de cabeça para baixo ou ficando com a cabeça mergulhada numa bacia com água.
O casamento caipira surgiu como chacota aos casamentos clássicos. A noiva aparece grávida e seu pai obriga o moço a assumir a responsabilidade, fazendo-o casar com uma espingarda apontada para a cabeça. Essa história é muito engraçada, pois o pai da noiva tem todo o apoio do delegado da cidade, que é seu amigo. Durante a cerimônia o noivo, que está bêbado, tenta fugir, mas sem sucesso. Após o enlace os noivos puxam a dança da quadrilha.
Itens da festa
Quadrilha
A quadrilha é uma dança em compasso de 6 / 8, na qual quatro pares se situam frente a frente. Originou-se na Inglaterra, nos séculos XIII e XIV. Através da Guerra dos Cem Anos, a França assimilou alguns elementos culturais ingleses. A França adotou a quadrilha, tornando-a uma dança nobre. Rapidamente se espalhou por toda a Europa, sendo assim uma dança presente em todas as atividades festivas dos nobres.
No Brasil, a quadrilha é feita através de um animador que vai pronunciando frases enquanto os demais participantes se movimentam de acordo com as mesmas.
Fogueira
Além de ser um símbolo da reunião de amigos e famílias, a fogueira tem outros significados: proteção contra espíritos maus, purificação, agradecimento e homenagem a deuses.
Balões
Significam uma oferenda aos céus para realização ou agradecimento por pedidos realizados.
Pau-de-sebo
É uma brincadeira em que a pessoa tem que escalar um mastro, de no mínimo 5 metros de altura, para conseguir algum prêmio no alto do mastro.
Fogos de artifício
Segundo a crendice popular, o som dos fogos de artifício espanta maus espíritos e desperta São João para a festa.
Casamento caipira
Encenação típica, quase sempre igual, em que a noiva fica grávida antes do casamento. O noivo tenta fugir, porém é preso pelo delegado e seus soldados, que o obrigam a casar com a noiva.
Comidas Típicas
Conta a história que as comemorações juninas surgiram na época pré-gregoriana, em comemoração à fartura das colheitas, no solstício de verão, onde faziam-se uma grande festa pagã para agradecer a fertilidade da terra. Essa festa era realizada no dia vinte e quatro de junho.
Aos poucos a festa foi sendo difundida por todo o Brasil, tendo chegado ao nosso país através da colonização dos portugueses.
Nessa data o milho está em evidência em nossas plantações, sendo a base de todos os alimentos consumidos nas festas juninas.
Dentre tantos pratos deliciosos podemos destacar a canjica, o curau, a pipoca, a pamonha, o bolo de milho, o caldo de milho, milho cozido, dentre outros. Porém, não são apenas esses alimentos que compõem a culinária da festa.
Dependendo da região onde for realizada, a festa junina apresenta um caráter peculiar com a cultura da localidade.
Várias são as opções para se fazer uma boa festa junina. O mané-pelado é um bolo feito de mandioca crua, ralada; a paçoquinha é feita de amendoim torrado, bolacha de maisena e leite condensado; a maçã do amor é uma maçã mergulhada em calda de açúcar, com um cabo de palito de picolé; bolo de coco; cachorro-quente, o delicioso pãozinho com molho e salsicha; pé de moleque, feito com rapadura e amendoim torrado; pinhão cozido, uma castanha característica do sul e o famoso quentão, feito com gengibre, canela e pinga.
As festas juninas são conhecidas como características da igreja Católica Apostólica Romana, por manter culto de veneração a três santos: São João, Santo Antônio e São Pedro.
Dessa cultura religiosa surgiram as quermesse ou festas de barraquinhas, onde são vendidos esses deliciosos alimentos, além de artesanatos, a fim de arrecadar verbas para as benfeitorias da igreja.
Essas festas também são conhecidas como festas de caridade e durante a realização das mesmas acontecem várias brincadeiras, também para se arrecadar fundos. São feitos pequenos leilões de alimentos, onde os lances chegam a valores bem maiores que os das prendas, mas somente para levar animação ao momento, além de fazer a doação para a igreja.
Mas o importante mesmo é se divertir e comer as delícias das festas juninas.
Simpatias
Castigar Santo Antônio ajuda arrumar marido
O período das festas juninas é bem caracterizado pelas brincadeiras e símbolos, mas também pelas simpatias, normalmente feitas para se arrumar um amor.
Todos esses elementos são rituais de origem popular, a que podemos identificar como folclóricos, pois foram inventados pelo povo, variando de acordo com as regiões do país.
Entre as simpatias mais conhecidas temos a de arrumar um namorado, pedindo ao santo casamenteiro um lindo pretendente.
Para isso, na noite do dia doze de junho, escreva os nomes dos seus preferidos, enrole os papeizinhos e mergulhe-os numa bacia com água. O nome que amanhecer aberto será seu futuro esposo. Dica: para saber se o noivo será velho ou moço, coloque um ramo de manjericão ao pé da fogueira. Se o mesmo permanecer verdinho é porque o noivo será moço, mas se murchar é sinal de que o noivo será mais velho.
Outra dica para arrumar marido ou namorado é amarrar uma fita branca e outra vermelha no pescoço de santo Antônio. Os nós devem ser bem apertados para castigar o mesmo, pois dessa forma ele age mais rápido, fazendo com que seu pretendente apareça logo. Quando isso acontecer, o santo deverá receber orações, a fim de recompensá-lo pelo castigo e pelo desejo realizado.
Para conseguir proteção aos maus olhados, afastar pessoas invejosas e as doenças, na noite do dia doze de junho faça um chá com arruda, cravo da índia, canela, alecrim e manjericão. No dia treze, após o banho, jogue esse chá sobre sua cabeça e deixe escorrer por todo o corpo. Colocar um dente de alho no bolso da roupa também serve para dar proteção, pois o cheiro do alho afasta os maus espíritos.
As pimentas também dão proteção contra os maus olhados. Manter um pé de pimenta na sala de sua casa espantará a inveja das pessoas que entrarem no ambiente, pois as pimentas retêm todos os males desejados. Como prova disso, ficam imediatamente murchas.
É comum vermos as pessoas com medo da morte. Para saber quem morre primeiro, pegue dois pedaços de carvão da fogueira de um dos três santos e coloque-os numa bacia cheia d’água. O carvão grande representa o marido e o pequeno a esposa. O carvão que afundar primeiro será o que vai morrer. Se os dois boiarem é sinal que o casal viverá eternamente unido, mas se afundarem no mesmo momento é porque o casal irá falecer junto.
Para não faltar alimento deve-se ir a uma igreja católica no dia treze de junho para receber o pãozinho de santo Antônio. Este deve ser guardado no armário dos mantimentos, para que os alimentos prosperem como o pão de Cristo.
Para ganhar muito dinheiro coloque três moedas no fundo de um pote de sal, mas cuide para que o sal nunca acabe, para que também não acabe o dinheiro. O sal traz sorte, pois espanta as energias ruins.
A certeza de casamento pode vir com a imersão de duas agulhas num prato fundo cheio de água, que deve ser feito na noite do dia doze de junho. Se as agulhas amanhecerem separadas é porque não haverá casamento, se juntas, é casamento na certa.
No dia vinte e quatro de junho, dia de são João, pegue o primeiro ramo verde que encontrar e passe-o sobre as verrugas. Em poucos dias ficará livre delas.
Na época da colonização do Brasil, após o ano de 1500, os portugueses introduziram em nosso país muitas características da cultura europeia, como as festas juninas.
Mas o surgimento dessas festas foi no período pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração à grande fertilidade da terra, às boas colheitas, na época em que denominaram de solstício de verão. Essas comemorações também aconteciam no dia 24 de junho, para nós, dia de São João.
Essas festas eram conhecidas como Joaninas e receberam esse nome para homenagear João Batista, primo de Jesus, que, segundo as escrituras bíblicas, gostava de batizar as pessoas, purificando-as para a vinda de Jesus.
Assim, passou a ser uma comemoração da igreja católica, onde homenageiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24, para São João; e no dia 29, para São Pedro.
Os negros e os índios que viviam no Brasil não tiveram dificuldade em se adaptar às festas juninas, pois são muito parecidas com as de suas culturas.
Aos poucos, as festas juninas foram sendo difundidas em todo o território do Brasil, mas foi no nordeste que se enraizou, tornando-se forte na nossa cultura. Nessa região as comemorações são bem acirradas - duram um mês, e são realizados vários concursos para eleger os melhores grupos que dançam a quadrilha. Além disso, proporcionam uma grande movimentação de turistas em seus Estados, aumentando as rendas da região.
Com o passar dos anos, as festas juninas ganharam outros símbolos característicos. Como é realizada num mês mais frio, passaram a acender enormes fogueiras para que as pessoas se aquecessem em seu redor. Várias brincadeiras entraram para a festa, como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício, o casamento na roça, dentre outros, com o intuito de animar ainda mais a festividade.
As comidas típicas dessa festa tornaram-se presentes em razão das boas colheitas na safra de milho. Com esse cereal são desenvolvidas várias receitas, como bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau, pipoca, milho cozido, canjica, dentre outros.
Símbolos
As festas juninas vieram para o Brasil na época da colonização, trazidas pelos portugueses. São de origem francesa, por isso nas danças aparecem várias palavras nessa língua.
Nos arraiais juninos podemos encontrar vários elementos da cultura popular, que traduzem a crendice da população de cada região. Cada um desses símbolos tem um significado para a festa.
A quadrilha surgiu nos salões da corte francesa, recebendo o nome de “quadrille”, mas é de origem inglesa, uma dança de camponeses chamada “campesine”. Na época da colonização do Brasil, os portugueses trouxeram essa dança, bem como seus principais elementos: os vestidos lindos e rodados (que representavam as riquezas da corte), os passos puxados na língua francesa (anarriê, avancê, tour, etc.) e os agradecimentos aos santos pelas boas safras nas plantações.
O casamento caipira faz uma sátira aos casamentos tradicionais. A noiva está grávida e o pai da mesma obriga o rapaz a se casar. A apresentação do casamento na roça é muito engraçada, pois o noivo aparece bêbado, tentando fugir do altar por várias vezes, sendo capturado pelo pai da noiva que lhe aponta uma espingarda. Este conta com o apoio do delegado da cidade e do padre para que o casamento seja realizado. Após a cerimônia, os noivos puxam a quadrilha.
A fogueira simboliza a proteção dos maus espíritos, que atrapalhavam a prosperidade das plantações. A festa realizada em volta da fogueira é para agradecer pelas fartas colheitas. Além disso, como a festa é realizada num mês frio, serve para aquecer e unir as pessoas em seu redor. Cada santo tem uma fogueira, sendo a quadrada de santo Antonio, a redonda de são João e a triangular de são Pedro.
Os balões juninos indicam o início da festa, mas foram criados para reverenciar os santos da festa, agradecendo pela realização dos pedidos, normalmente relacionados ao namoro e ao casamento, onde as pessoas encontram seus pares românticos. Os balões não são mais usados, podem ocasionar vários incêndios, caindo em locais perigosos e destruindo a natureza.
Os fogos se originaram na China, também como forma de agradecer aos deuses pelas boas colheitas. São elementos de proteção, pois espantam os maus espíritos, além de servir para acordar são João com o barulho.
A lavagem dos santos é o momento em que as suas bandeiras são mergulhadas em água, para trazer purificação. As bandeirolas representam as bandeiras dos santos, levando purificação a todo o local da festa.
O pau de sebo é uma brincadeira com o objetivo de se ganhar uma quantia em dinheiro, que está afixada em seu topo. Com essa diversão a festa fica mais animada, pois as pessoas têm que subir no mastro, lambuzado de gordura. Muitas vezes, os participantes vão subindo nos ombros uns dos outros, até conseguirem pegar o prêmio, que acaba servindo para pagar parte de suas despesas na festa.
As simpatias proporcionam aos convidados maior sorte no amor. Os santos juninos são conhecidos como santos casamenteiros, mas santo Antônio é o mais influente deles. Nessas práticas, a imagem do santo é castigada, até que a pessoa consiga encontrar um amor.
As comidas típicas também são símbolos juninos, como forma de agradecimento pela fartura nas colheitas, principalmente do milho, a festa se tornou farta em seus deliciosos quitutes como: curau, canjica, pamonha, bolo de milho, milho cozido, pé de moleque, paçoquinha, Mané pelado, dentre outras.
Curiosidades
Por serem de origem europeia, as festas juninas apresentam vários elementos que não são da cultura brasileira, mas que com o passar dos anos tornaram-se fundamentais para a mesma.
Ao assistirmos uma dança de quadrilha podemos perceber quantas palavras desconhecidas são ditas pelos puxadores. Anarriê, ampassã, tour, dentre outras, que são de origem francesa, parecida com as festas da aristocracia que abria os bailes mais requintados da época.
Como eram festas realizadas pelas cortes, as mulheres usavam seus vestidos mais bonitos e rodados, motivo pelo qual se originou os vestidos das quadrilhas, feitos em tecidos de chita, bem coloridos.
As culturas Greco-romanas e dos celtas também deixaram suas marcas, pois praticavam cerimônias em volta de fogueiras, a fim de agradecer aos deuses pelas boas colheitas.
A festa popular mais conhecida no Brasil é o carnaval, porém as festas juninas não perdem seu lugar, estando entre as principais festas do país.
O nordeste é a região que mais valoriza as festas juninas, onde acontecem vários concursos para se eleger a quadrilha mais alegre e bonita do Brasil. A cidade de Campina Grande, na Paraíba, é onde acontece o maior festejo do país. Com uma área de quarenta e dois mil metros quadrados, podemos encontrar o “Parque do Povo”, onde acontecem exposições artesanais, a queima da fogueira gigante, a cidade cenográfica com réplica da igreja, há um espaço para a apresentação das quadrilhas, a casa do milho, a corrida de jegue, há também uma área especial para a imprensa.
Dentre os enfeites das festas juninas, o mais comum são as bandeirolas. Esses apetrechos surgiram porque os três santos homenageados na festa tinham suas imagens pregadas em bandeiras coloridas e imersas em água, a famosa lavagem dos santos. Com isso, acredita-se que a água fica purificada, fazendo a purificação das pessoas que se molham com elas. Com o passar dos anos, essas bandeiras foram sendo substituídas pelas bandeirinhas menores, que trazem a mesma simbologia de purificar o ambiente da festa.
Além disso, temos Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro. Os mais religiosos contam que as moças pedem um noivo para o santo, mas este só arruma o pretendente quando é castigado pela moça, sendo posto de cabeça para baixo ou ficando com a cabeça mergulhada numa bacia com água.
O casamento caipira surgiu como chacota aos casamentos clássicos. A noiva aparece grávida e seu pai obriga o moço a assumir a responsabilidade, fazendo-o casar com uma espingarda apontada para a cabeça. Essa história é muito engraçada, pois o pai da noiva tem todo o apoio do delegado da cidade, que é seu amigo. Durante a cerimônia o noivo, que está bêbado, tenta fugir, mas sem sucesso. Após o enlace os noivos puxam a dança da quadrilha.
Itens da festa
Quadrilha
A quadrilha é uma dança em compasso de 6 / 8, na qual quatro pares se situam frente a frente. Originou-se na Inglaterra, nos séculos XIII e XIV. Através da Guerra dos Cem Anos, a França assimilou alguns elementos culturais ingleses. A França adotou a quadrilha, tornando-a uma dança nobre. Rapidamente se espalhou por toda a Europa, sendo assim uma dança presente em todas as atividades festivas dos nobres.
No Brasil, a quadrilha é feita através de um animador que vai pronunciando frases enquanto os demais participantes se movimentam de acordo com as mesmas.
Fogueira
Além de ser um símbolo da reunião de amigos e famílias, a fogueira tem outros significados: proteção contra espíritos maus, purificação, agradecimento e homenagem a deuses.
Balões
Significam uma oferenda aos céus para realização ou agradecimento por pedidos realizados.
Pau-de-sebo
É uma brincadeira em que a pessoa tem que escalar um mastro, de no mínimo 5 metros de altura, para conseguir algum prêmio no alto do mastro.
Fogos de artifício
Segundo a crendice popular, o som dos fogos de artifício espanta maus espíritos e desperta São João para a festa.
Casamento caipira
Encenação típica, quase sempre igual, em que a noiva fica grávida antes do casamento. O noivo tenta fugir, porém é preso pelo delegado e seus soldados, que o obrigam a casar com a noiva.
Comidas Típicas
Conta a história que as comemorações juninas surgiram na época pré-gregoriana, em comemoração à fartura das colheitas, no solstício de verão, onde faziam-se uma grande festa pagã para agradecer a fertilidade da terra. Essa festa era realizada no dia vinte e quatro de junho.
Aos poucos a festa foi sendo difundida por todo o Brasil, tendo chegado ao nosso país através da colonização dos portugueses.
Nessa data o milho está em evidência em nossas plantações, sendo a base de todos os alimentos consumidos nas festas juninas.
Dentre tantos pratos deliciosos podemos destacar a canjica, o curau, a pipoca, a pamonha, o bolo de milho, o caldo de milho, milho cozido, dentre outros. Porém, não são apenas esses alimentos que compõem a culinária da festa.
Dependendo da região onde for realizada, a festa junina apresenta um caráter peculiar com a cultura da localidade.
Várias são as opções para se fazer uma boa festa junina. O mané-pelado é um bolo feito de mandioca crua, ralada; a paçoquinha é feita de amendoim torrado, bolacha de maisena e leite condensado; a maçã do amor é uma maçã mergulhada em calda de açúcar, com um cabo de palito de picolé; bolo de coco; cachorro-quente, o delicioso pãozinho com molho e salsicha; pé de moleque, feito com rapadura e amendoim torrado; pinhão cozido, uma castanha característica do sul e o famoso quentão, feito com gengibre, canela e pinga.
As festas juninas são conhecidas como características da igreja Católica Apostólica Romana, por manter culto de veneração a três santos: São João, Santo Antônio e São Pedro.
Dessa cultura religiosa surgiram as quermesse ou festas de barraquinhas, onde são vendidos esses deliciosos alimentos, além de artesanatos, a fim de arrecadar verbas para as benfeitorias da igreja.
Essas festas também são conhecidas como festas de caridade e durante a realização das mesmas acontecem várias brincadeiras, também para se arrecadar fundos. São feitos pequenos leilões de alimentos, onde os lances chegam a valores bem maiores que os das prendas, mas somente para levar animação ao momento, além de fazer a doação para a igreja.
Mas o importante mesmo é se divertir e comer as delícias das festas juninas.
Simpatias
Castigar Santo Antônio ajuda arrumar marido
O período das festas juninas é bem caracterizado pelas brincadeiras e símbolos, mas também pelas simpatias, normalmente feitas para se arrumar um amor.
Todos esses elementos são rituais de origem popular, a que podemos identificar como folclóricos, pois foram inventados pelo povo, variando de acordo com as regiões do país.
Entre as simpatias mais conhecidas temos a de arrumar um namorado, pedindo ao santo casamenteiro um lindo pretendente.
Para isso, na noite do dia doze de junho, escreva os nomes dos seus preferidos, enrole os papeizinhos e mergulhe-os numa bacia com água. O nome que amanhecer aberto será seu futuro esposo. Dica: para saber se o noivo será velho ou moço, coloque um ramo de manjericão ao pé da fogueira. Se o mesmo permanecer verdinho é porque o noivo será moço, mas se murchar é sinal de que o noivo será mais velho.
Outra dica para arrumar marido ou namorado é amarrar uma fita branca e outra vermelha no pescoço de santo Antônio. Os nós devem ser bem apertados para castigar o mesmo, pois dessa forma ele age mais rápido, fazendo com que seu pretendente apareça logo. Quando isso acontecer, o santo deverá receber orações, a fim de recompensá-lo pelo castigo e pelo desejo realizado.
Para conseguir proteção aos maus olhados, afastar pessoas invejosas e as doenças, na noite do dia doze de junho faça um chá com arruda, cravo da índia, canela, alecrim e manjericão. No dia treze, após o banho, jogue esse chá sobre sua cabeça e deixe escorrer por todo o corpo. Colocar um dente de alho no bolso da roupa também serve para dar proteção, pois o cheiro do alho afasta os maus espíritos.
As pimentas também dão proteção contra os maus olhados. Manter um pé de pimenta na sala de sua casa espantará a inveja das pessoas que entrarem no ambiente, pois as pimentas retêm todos os males desejados. Como prova disso, ficam imediatamente murchas.
É comum vermos as pessoas com medo da morte. Para saber quem morre primeiro, pegue dois pedaços de carvão da fogueira de um dos três santos e coloque-os numa bacia cheia d’água. O carvão grande representa o marido e o pequeno a esposa. O carvão que afundar primeiro será o que vai morrer. Se os dois boiarem é sinal que o casal viverá eternamente unido, mas se afundarem no mesmo momento é porque o casal irá falecer junto.
Para não faltar alimento deve-se ir a uma igreja católica no dia treze de junho para receber o pãozinho de santo Antônio. Este deve ser guardado no armário dos mantimentos, para que os alimentos prosperem como o pão de Cristo.
Para ganhar muito dinheiro coloque três moedas no fundo de um pote de sal, mas cuide para que o sal nunca acabe, para que também não acabe o dinheiro. O sal traz sorte, pois espanta as energias ruins.
A certeza de casamento pode vir com a imersão de duas agulhas num prato fundo cheio de água, que deve ser feito na noite do dia doze de junho. Se as agulhas amanhecerem separadas é porque não haverá casamento, se juntas, é casamento na certa.
No dia vinte e quatro de junho, dia de são João, pegue o primeiro ramo verde que encontrar e passe-o sobre as verrugas. Em poucos dias ficará livre delas.
Por Jussara de Barros.
Fonte: Equipe Brasil Escola
Menina, um tempão não comento aqui... uma correria louca agora como mamãe, mas to me saindo bem.... rsrsrs Bjks, Genis.
ResponderExcluir